Contrações em inglês: o que são, como usar e as mais comuns
março 17, 2022
Quando decidimos começar a aprender inglês — ou até antes disso, já que desde pequenos temos contato com o idioma — inevitavelmente acabamos esbarrando com elas, temidas por uns e amadas por outros: as contrações em inglês.
Conforme avançamos nos estudos e entendemos que não tem como fugir das contrações, as dúvidas vão surgindo. Quando usá-las? Tanto faz usar ou não? É informal? É grosseiro? Que história é essa de ain’t, tryna, shoulda? I’d significa I would ou I had? Bem, chegou o dia de tirar essa história a limpo. Vamos mergulhar nas contrações em inglês? 🤿
O que são as contrações?
Vamos começar do básico? Uma contração é uma ou mais palavras que foram encurtadas e perderam uma ou mais letras nesse caminho. É o que acontece na nossa língua portuguesa com a palavra para, que é comumente contraída em pra. Também acontece com as palavras da água, que podem ser contraídas para d’água.
Acontece que, no inglês, as contrações são muito mais comuns que na nossa língua. Elas estão por toda a parte, tanto no inglês padrão, quanto, mais ainda, no inglês informal — seja aquele falado pelas pessoas no dia a dia ou aquele escrito internet a fora. Assim como acontece em d’água, é muito comum no inglês que a contração seja indicada por um apóstrofo, essa vírgula que fica pendurada lá no alto.
Algumas das contrações em inglês mais comuns são aquelas usadas para formar negações que surgem da mistura de um verbo + not: don’t (do not), didn’t (did not), isn’t (is not), wouldn’t (would not), haven’t (have not), entre outras. Repare que tem um padrão que se repete: as duas palavras se juntam e a vogal o em not desaparece, dando lugar ao apóstrofo.
Mas por que usar contrações?
Um jeito de responder essa pergunta é pensando que nós estamos sempre procurando um jeitinho de economizar tempo quando falamos e escrevemos. 🗣️✍🏽
As contrações surgem, primeiramente, porque as pessoas acabam “comendo” letras quando falam e, eventualmente, isso vai para a escrita. Seja para economizar espaço (como em um anúncio publicitário) ou porque queremos representar como as pessoas realmente falam no dia a dia.
Contrações são informais ou erradas?
Bem, depende. Bastante. Muitas contrações, ao longo da história da língua inglesa, foram oficialmente incorporadas ao idioma. Isso quer dizer que você vai ver essas contrações, sim, em contextos formais: notícias, discursos oficiais e relatórios profissionais, por exemplo.
A grande exceção está em artigos, teses e outras produções acadêmicas. A tradição diz que o universo das universidades e da ciência não aceita as contrações, embora alguns guias mais atuais defendam que as contrações super consagradas (como don’t para do not) sejam aceitas. Já as contrações informais e coloquiais, essas sim, devem ser evitadas sempre que o contexto for formal — vamos falar mais dessas últimas mais à frente.
Tanto faz usar contrações ou não?
Não. Nope. Você quase sempre poderá falar do not ao invés de don’t, mas nem por isso podemos dizer que tanto faz. Por dois motivos:
- Não usar as contrações pode dar um efeito de reforço ou veemência. I do not like soccer e I don’t like soccer significam igualmente “Eu não gosto de futebol”, mas sem a contração parece muito mais forte a sua afirmação, especialmente escrito ou se você colocar ênfase em do not.
- Os falantes nativos de inglês usam contrações o tempo todo. Não usá-las pode fazer com que o seu inglês soe menos fluído e natural, ainda que seja fluente.
Quase sempre?
Sim. Existe uma situação da língua inglês que pede o uso das contrações, são as tag questions. As tag questions são perguntas utilizadas após uma frase como forma de confirmar aquela informação (ou, às vezes, fazer uma ironia). Repare:
You play socer, don’t you? (Você joga futebol, não joga?)
He’s almost two meters tall, isn’t he? (Ele tem quase dois metros de altura, não tem?)
A contração vem sempre depois da vírgula e é o oposto da primeira frase. Ou seja, se a primeira frase é uma afirmação, então usa-se uma contração negativa a seguir, confirmando a primeira informação. É o equivalente ao nosso “né?” ou “não é mesmo” em final de frase.
Contrações em inglês consagradas
Vamos primeiro falar das contrações que já se incorporaram ao inglês mais padrão. Ou seja, são as contrações em inglês mais usadas no dia a dia e que também são lidas ou ouvidas em noticiários, discursos e outros contextos mais formais.
Verbo + not
Dessas contrações, definitivamente, não tem como fugir. Os verbos to do, will, to be, to have e os verbos modais aceitam esse tipo de contração.
Contração | Forma completa |
---|---|
aren’t | are not |
isn’t | is not |
wasn’t | wasn’t |
weren’t | were not |
won’t | will not |
can’t | cannot |
couldn’t | could not |
shouldn’t | should not |
wouldn’t | would not |
mightn’t | might not |
mustn’t | must not |
don’t | do not |
doesn’t | does not |
didn’t | did not |
haven’t | have not |
hasn’t | has not |
hadn’t | had not |
Pronome pessoal + verbo
Os pronomes pessoais também aceitam contrações com vários dos verbos mais comuns da língua inglesa.
Pronome + verbo to be
Contração | Forma completa |
---|---|
I’m | I am |
you’re | you are |
he’s | he is |
she’s | she is |
we’re | we are |
it’s | it is |
they’re | they are |
Pronome + have ou has
Contração | Forma completa |
---|---|
I’ve | I have |
you’ve | you have |
he’s | he has |
she’s | she has |
we’ve | we have |
it’s | it has |
they’ve | they have |
Pronome + had
Contração | Forma completa |
---|---|
I’d | I had |
you’d | you had |
he’d | he had |
she’d | she had |
we’d | we had |
it’d | it had |
they’d | they had |
Pronome pessoal + will
Contração | Forma completa |
---|---|
I’ll | I will |
you’ll | you will |
he’ll | he will |
she’ll | she will |
we’ll | we will |
it’ll | it will |
they’ll | they will |
Pronome pessoal + would
Contração | Forma completa |
---|---|
I’d | I would |
you’d | you would |
he’d | he would |
she’d | she would |
we’d | we would |
it’d | it would |
they’d | they would |
Verbo modal + have
Os verbos modais, tão presentes no dia a dia quando falamos e escrevemos em inglês, também permitem combinações com o verbo auxiliar have, formando as contrações abaixo.
Contração | Forma completa |
---|---|
could’ve | could have |
should’ve | should have |
would’ve | would have |
might’ve | might have |
must’ve | must have |
Question words + verbo
As question words são aquelas palavrinhas super usadas para começar uma pergunta e famosas por (quase) sempre começaram em w. Elas também proporcionam algumas contrações. Muitas delas são pouco comuns ou muito informais, então vamos focar apenas nas principais, formadas pela question word mais o verbo is.
Contração | Forma completa |
---|---|
who’s | who is |
what’s | what is |
when’s | when is |
where’s | where is |
why’s | why is |
how’s | how is |
which’s | which is |
Ah! Como comentamos, os falantes nativos dizem (e eventualmente escrevem) outras contrações começando com essas palavras, então não se assuste se vir coisas como who’ve (who + have) ou where’d (where + would) por aí.
Espera aí, tem contrações com mais de um significado?
Talvez você tenha reparado nas listas acima um fenômeno curioso, que é que algumas poucas contrações podem ter mais de um significado. E é isso mesmo.
- Contrações em ‘s podem significar tanto has quanto is. É o caso de he’s e she’s, por exemplo;
- Contrações em ‘d podem significar tanto had quanto would. E mais raramente did. Como I’d, we’d, it’d.
A pergunta inevitável é: como saber qual das duas está sendo usada, certo? Pelo contexto, sempre ele:
“He’s been a good student” (Ele tem sido um bom aluno)
Repare que na frase acima apenas “He has been a good student” faz sentido. “He is been…” seria uma frase não gramatical, que não faz sentido.
“He’s a good student” (Ele é bom aluno)
Já na frase acima, acontece o oposto. “He is a good student” é uma frase lógica, diferente do que aconteceria com “he has a good student” que, embora seja gramatical (respeita a estrutura do inglês) gera uma frase pouco lógica, algo como “ele tem um bom aluno”.
O mesmo vale para o outro caso, as contrações em ‘d.
“I’d love to know more about it” (Adoraria saber mais sobre isso)
Na frase acima, repare que apenas would é uma opção viável. Já “I had love to know…” não forma uma frase lógica.
” He’d done that before” (Ele fez isso anteriormente)
Já aqui, conseguimos deduzir que a opção correta é he had, que forma uma frase gramatical, diferentemente da alternativa “He would done…”.
Calma, com essa aula de inglês grátis, você vai aprender as contrações do jeito certo e não vai mais ter dúvidas sobre quando usar uma ou outra:
Contrações (super) informais
Essas contrações todas que vimos acima contam apenas uma parte da história. Quando entramos em contato com inglês por meio de filmes, músicas e falantes nativos, acabamos conhecendo todo um outro universo: as contrações coloquiais.
Essas contrações são faladas e escritas, mas não devem ser usadas quando o contexto exigir qualquer grau de formalidade. O propósito aqui é ajudar você, estudante de inglês, a entender o significado delas e poder compreender diálogos e textos que as contenham, mas fica o aviso: não devem ser usadas formalmente. ⛔
Além disso, algumas delas podem ser comuns nos EUA e estranhas na Inglaterra, por exemplo, ou vice-versa. Outras são mais comuns em alguns grupos que em outros.
O que é ain’t
Ain’t é como se fosse a mãe das contrações mega informais. Se você gosta de música, séries e filmes em inglês, você certamente já ouviu ain’t por aí. A história toda por trás dessa contração fica para outro dia, mas vamos focar no aspecto prático: ain’t é usado para substituir um enorme número de contrações.
Essa palavrinha pode aparecer como substituto de am not (que não tem uma contração formal), is not, are not, has not, have not, do not, does not, did not, there is not entre algumas outras. Sim. Acredite. Tudo isso.
Um exemplo bastante famoso é o ditado popular em inglês “if it ain’t broke, don’t fix it”, que pode ser traduzido como “se não está quebrado, não conserte”. É a versão em inglês do nosso “em time que está ganhando não se mexe”.
Tryna, Gonna, Wanna, Woulda, Kinda
Talvez você também já tenha esbarrado com algumas dessas contrações informais acima — e tem mais delas na tabela abaixo. O que acontece nesses casos é que a letra a é usada para indicar um certo som em inglês, o schwa.
Esse é o nome do som vogal que os falantes nativos de inglês pronunciam ao fim das palavras quando falam rapidamente coisas como would’ve, going to e kind of. O schwa é um vogal mega presente no inglês, representada foneticamente pela letrinha ə e é o segundo som vogal que ouvimos na palavra about, por exemplo.
Contração | Forma completa |
---|---|
Imma ou I’mma | I’m going to |
gonna | going to |
wanna | want to |
gotta | got to |
hafta | have to |
woulda | would have |
coulda | could have |
shoulda | should have |
kinda | kind of |
sorta | sort of |
tryna | trying to |
Outras contrações informais em inglês
Para terminar, lá vai mais uma pequena lista com algumas contrações em inglês que você, provavelmente, vai acabar esbarrando por aí.
Contração | Forma completa |
---|---|
let’s | let us |
ma’am (formal) | madam |
y’all | you all |
’cause | because |
dunno | (I) don’t know |
gimme | give me |
innit | isn’t it |
a’ight | all right |
’em | them |
’til | until |
Por fim, uma derradeira dica sobre as contrações para você não ficar com dúvida quando ler isso na letra da sua música favorita (ou no slogan de uma famosa rede de lanchonetes): é muito comum que o som da letra g desapareça no final de verbos no gerúndio, ou seja, terminados em ing. Por isso, nada incomum ver por aí coisas como lovin’, playin’ e hatin’.
Ufa! Esperamos que você tenha gostado muito de aprender e conhecer mais sobre as contrações em inglês. Elas são muitas e estão por toda a parte, mas são parte do charme da língua inglesa falada e escrita pelas pessoas no dia a dia.
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